domingo, 28 de outubro de 2012

Liga da Justiça - O Retorno


Por Eduardo Carvalho - O Homem de Aço

A Liga da Justiça voltou!

Tudo começou quando o Luiz Fernando, o Batman, convidou atletas para correrem fantasiados na Volta da Pampulha 2011. Então o Daniel divulgou o convite através do facebook e, resolvemos correr como a equipe Liga da Justiça, sendo notados até pelo site do Globo Esporte. Saiba como tudo começou:  Super-heróis vão tomar conta da Volta da Pampulha neste domingo.

Desde então nossos uniformes ficaram guardados no armário (com exceção do Batman que sempre corre fantasiado).

No Circuito Bradesco (19.08.12), vestimos novamente nossas roupas de heróis. Foi muito bom correr outra vez com a roupa do Superman, e foi melhor ainda correr com os Super-Amigos da Liga da Justiça, Daniel e Verusa. Infelizmente o Batman não pôde comparecer. Melhor para o Superman, que ficou com quase toda a glória. Concedi até entrevista para a organização do evento, fora o mundo de fotos que tirei. Mas o mais legal é ver a alegria de muitas crianças que querem se aproximar e tirar uma foto de recordação, ou dos pais que ficam alegres pelos filhos e por poderem reviver um pouco da infância.

Na Ecorrida de Revezamento (23.09.12), tivemos a oportunidade perfeita para participar novamente como heróis, e dessa vez inscritos oficialmente como a equipe Liga da Justiça.
Competindo com 4 atletas e sendo 1 deles uma mulher, nossa equipe ficou em 16º na categoria Equipes MASCULINO, pois, NÃO HAVIA CATEGORIA EQUIPE MISTA.

Sempre fui Nerd.Sempre gostei de histórias em quadrinhos. Adoro correr. Porque não juntar tudo?...
Quase igual .... kkkkkkk

A melhor de todas as fotos.... Olha a alegria da garotada

No dia 21 de outubro, participamos da 9ª Corrida da ALMG, dessa vez foi a Robin Girl, Verusa, que não pôde comparecer. Eu, o Luiz, e o Daniel, concedemos uma entrevista à Tv Assembléia, e aproveitamos para divulgar a petição para regulamentação das corridas de rua em Belo Horizonte, além de recolher assinaturas físicas para a mesma.

 É muito legal e agradeço ao Batman, pioneiro em BH. Valeu Luiz Fernando,  por começar esta loucura, e obrigado Daniel, por incentivar esta loucura. Agora fica o ultimato aos outros heróis, escondidos por aí. Na próxima corrida, retire sua infância da lembrança, pegue sua fantasia no guarda-roupa e venha correr conosco. Juntos somos sempre mais, mas sozinhos continuamos heróis.
Meus filhos, Arthur e Thales

Um agradecimento todo especial a minha “Louis Lane”, minha esposa Lídia, que sempre incentiva estas minhas maluquices, sem ela nada disso é possível, e que ficou em casa com os pequenos heróis Arthur e Thales, meus filhos, infelizmente não deu pra ela ir. 
Um outro parabéns a outra heroína, minha Mãe, a Penha, que luta pela vida contra um vilão sem piedade, o câncer. Você é uma heroína Mãe e uma fonte de eterna inspiração.

Para o Alto e Avante!
Superman – O corredor

domingo, 21 de outubro de 2012

9ª Corrida da Assembleia Legislativa Minas Gerais 21.10.12


Por Daniel X.

Hoje aconteceu mais uma edição da Corrida da ALMG, um das corridas mais tradicionais de BH, que atrai corredores mais experientes devido à sua qualidade.
Como de costume, o valor da inscrição foi de 3 quilos de alimentos não perecíveis, ou vale-alimento no valor de R$15,00. Os alimentos arrecadados serão encaminhados à Associação dos Leucêmicos do Estado de Minas Gerais (Leuceminas).
Um fato interessante é que, o evento mantém o mesmo valor de inscrição desde 2010, quando participei pela primeira vez. Infelizmente em 2011 não pude participar devido a minha escala de trabalho.

A retirada do kit aconteceu no sábado na ALMG. Fui muito bem atendido pelos funcionários e, a entrega do meu kit durou aproximadamente cinco minutos. Além da tradicional camisa do evento, o kit também contou com uma garrafinha squeeze metálica.

Mais uma vez com a equipe Liga da Justiça
Infelizmente a Robin Girl (Verusa) não pôde participar da corrida. Foi a primeira vez que corremos sem nossa mascote.

A largada, que foi precedida de um aquecimento, aconteceu às 9:00h. Como foi a estréia do "bendito" horário de verão 2012, tive que acordar mais cedo do mesmo jeito.
Mas é bom economizar energia, pois, está chegando a hora de pagar o 14º,15º e 16º de uma grande classe de trabalhadores.
PETIÇÃO PÚBLICA: FIM DO HORÁRIO DE VERÃO

Outro atrativo do evento é seu percurso, que é realizado  nas ruas do bairro Santo Agostinho, região onde raramente acontece provas e dá a oportunidade ao atleta a correr em outro cenário.
Quem já foi nesse evento sabia que tinha que enfrentar um percurso com nível médio de dificuldade, com muitas subidas, descidas e curvas.
Apesar dos poucos staffs no percurso, O trânsito foi bem controlado e bem sinalizado.
A quantidade de banheiros químicos foi satisfatória. Foi colocado um posto de hidratação no meio do percurso e um na linha de chegada. Posto médico com vários atendentes.

Mais uma vez recolhemos assinaturas físicas para a petição Regulamentação nas Corridas de Rua de Belo Horizonte . Muitos atletas ainda não concordam com a petição pelos mais diversos argumentos como "sou a favor do livre comércio", ou, "sou contra a profissionalização do esporte". Quanto ao livre comércio, a petição não faz nenhuma objeção a isto, são apenas reivindicações em prol dos corredores, como, obrigatoriedade de categoria faixa etária e PNE em todas as corridas que forem realizadas na cidade, entre outras. Mas cada um tem o direito de pensar como lhe for mais conveniente.

Não sou portador de necessidades especiais, muito menos atleta profissional, mas no meu ponto de vista o mundo não gira ao meu redor. Acredito que idosos, PNE, e outras minorias tenham o mesmo direito que todos. E sou a favor da profissionalização no Esporte. Já citei em outras matérias a dificuldades que atletas profissionais tem aqui no país (aqui e aqui).  E lembrando a frase de Earl Warren,  "O esporte é a única profissão que eu conheço na qual, quando você se aposenta, tem de começar a trabalhar."

A premiação aconteceu de forma rápida e contou com categoria faixa etária e PNE.
Meu amigo, Maurício Sá, não participou da prova, como protesto, pois, apesar de contar com a categoria PNE, não abrangeu também cadeirantes e deficientes auditivos. A organização informou que:
"Os demais tipos de deficiências, para serem incluídos na premiação, exigiriam um aparato para caracterizá-los e identificá-los o que é absolutamente inviável para uma prova de corrida amadora como a da Assembléia. Especialmente quanto aos amputados e cadeirantes, cuja caracterização também poderia ser considerada objetiva, pesou decisivamente o fato de que o percurso apresenta severas dificuldades que colocariam em risco a segurança dos participantes (desníveis acentuados, buracos, variedade de pisos, calçadas não adaptadas, etc.)."

Achei o pronunciamento da organização plausível, pois o evento realmente não tem estrutura para amparar cadeirantes. Mas seria bom se já começassem a trabalhar nessa estrutura desde já, para que no próximo ano as categorias possam ser incluídas. Afinal, eventos como Corrida João César, que cobra 1 kg de alimento, ou Maratona da Caixa do RJ, contam com as categorias, e tem um percurso bem mais complexo.

Correr fantasiado de herói foi uma brincadeira que fiz em 2011 a convite do já conhecido, Luiz Batman. Mas hoje em dia, estou me reabilitando devido a problemas de saúde recentes, e correr na Equipe da Liga da Justiça tem tornado essa reabilitação mais divertida e menos dolorosa.

Hoje deixo meus agradecimentos ao meu amigo, Luiz Fernando Batman, que ao perceber que eu estava com dificuldades no percurso, reduziu sua velocidade e me acompanhou até a linha de chegada.
Grandes Homens:
Tenho me sentido realmente cuidado pelos amigos, Eduardo Carvalho (Superman), Luiz Fernando (Batman), e Verusa Almeida (Robin Girl), pois além de me visitarem durante a minha internação e estarem acompanhando minha evolução, também tem observado como me sinto durante a corrida, e já percebi isso.
Medalha nota 10! Também tradicional no evento.

Devido a temática social, valor acessível, organização, categorias e percurso, foi um dos melhores eventos do ano.
Resultado: AQUI
Nota 9.0

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Deficiente Auditivo e a Corrida da ALMG


Por Mauricio Sá - Maratonista/Atleta PNE Auditivo

*Resposta ao convite da LMA- Liga Mineira de Atletistmo, para participar da Corrida da ALMG.

Bom dia,  

Sou atleta e portador de deficiência auditiva, e até gostaria de participar dessa corrida da ALMG, no qual participei no ano passado, pela  categoria geral, pois, o regulamento não contemplava os Atletas Def       Auditivos.
Até hoje, vejo que  a ALMG  e a organizadora LMA ( Liga Mineira de Atletismo), estão DISCRIMINANDO os atletas PNEs auditivos e Físicos.  Vejo no regulamento, que a organização estará premiando os PNEs VISUAIS e excluindo Atletas de outras deficiências.
 Não há justificativas, como: o percurso não seria adequado para os atletas cadeirantes, amputados.Ou  que, os atletas deficiente auditivos não tem problemas físicos, etc .

BASTA PREMIAR TODOS OS PNES, SEM EXCEÇÃO, pois, os próprios atletas irão  avaliar a sua condição dos percursos.

Nós, os Deficientes Auditivos, dentro da nossa Carta  Magna, temos os mesmo tratamento de igualdade, seja qual for o nosso tipo de Deficiência, concordam?
Afinal, o que é ser Portador de Deficiência ? 

Vejamos bem,   

"DECRETO Nº 3.298 -  - DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999 - DOU DE 21/12/1999 - Alterado pelo DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 - DOU DE 3/12/200

Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.
    Art. 3o  Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
        I - deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;
        II - deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e
        III - incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida."

Finalmente, a  todos os atletas anônimos que,  estão alheios a isto e recebendo meu reenvio (que foi de propósito),  peço seu apoio  em meu  PROTESTO. E ALERTA e desculpas àqueles que não se interessam  pela minha luta de IGUALDADE e RESPEITO aos Portadores de Deficiência deste país. 

Não sei ficar calado quando não há respeito pela IGUALDADE a todos.
Ainda mais, se tratando de uma entidade como a ALMG - Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que deveria ZELAR PELO RESPEITO E IGUALDADE ao povo Mineiro e, dar um exemplo para o nosso  BRASIL.
Não participarei dessa corrida como forma de protesto,  até que a ALMG  e  a organizadora LMA (Liga mineira de Atletismo), se façam valer e entrar em consonância com a nossa nobre Constituição.

Meus sinceros respeitos,

Mauricio Sá, Maratonista - Atleta PNE Auditivo
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domingo, 14 de outubro de 2012

Da Rua Para a Pista 14.10.12


Por Daniel X.

Como já citei em outra matéria, no início de 2012 fiz um treinamento na pista de atletismo da Academia da PMMG, com o técnico Maron e,  a experiência de treinar nas pistas foi muito agradável.

Em setembro recebi o convite para participar do evento, Da Rua Para as Pistas, realizado pela FMA. Como o valor da inscrição era acessível (50 reais), e por estar fazendo um tratamento de reabilitação pós TEP, resolvi me inscrever, pois provas curtas ajudam na minha reabilitação.

A prova ocorreu na pista de atletismo do Centro de Treinamento Esportivo da UFMG, com o percurso de 5 km, e irá selecionar fundistas de MG para treinamento específico na referida pista. Embora o público geral também possa fazer uso da mesma.

O kit, que era composto apenas de chip (que era devolvido após a prova), e de número de peito, que foi aproveitado de outro evento, foi retirado no dia da prova.

Chegando e sendo flagrado pelo paparazzi, Laci Lacerda
O guarda-volumes foi bem organizado. A quantidade de banheiros foi suficiente para o número de inscritos, fato que não gerou as grandes filas que estamos acostumados ver em outras provas.

As largadas seriam de acordo com a categoria faixa etária. Na minha categoria não teria que acordar tão cedo, como geralmente faço para participar de determinadas provas. Porém, quando cheguei ao Centro de Treinamento Esportivo da UFMG, a bateria da minha faixa etária já havia se iniciado. Também diferente do que foi divulgado no REGULAMENTO DO EVENTO, as baterias foram mistas, tanto na faixa etária, quanto sexo.
A prova também não contou com a categoria PNE, como já havia sido divulgado previamente em regulamento.
Sendo assim, o atleta que chegou em primeiro na sua bateria não ficaria sabendo da sua verdadeira classificação até que se encerrasse todo evento.
Minha bateria, que estava prevista para às 10:30h, foi remanejada para 11:20. Felizmente o tempo estava nublado, pois, apesar de ser um percurso curto, correr sob o sol do meio-dia seria muito mais desgastante.

A hidratação terminou antes que começasse a última bateria. Uma falha grave, pois, pode influenciar na performance do atleta, e sua própria integridade física.
Corredores que já tinham participado das baterias anteriores, foram solícitos ao encher copos já usados, em um bebedouro próximo à pista, e se posicionaram como staffs voluntários, oferecendo água para aqueles que ainda estavam correndo.

Adelina, corredora que, com seu espírito esportivo, me forneceu hidratação durante minha bateria. 
Adelina, MUITO OBRIGADO!

Assim como eu, a maioria dos participantes estão acostumados com provas de rua. A sensação de correr em pista, chega a ser até "claustrofóbica", pois você corre, corre, e ainda está no mesmo cenário. Exigindo outro tipo de preparo psicológico.


Essa prova marcou o retorno do recordista  panamericano nos 3000m com obstáculos,  Wander do Prado Moura, que fez um ótimo tempo, para quem acabou de retornar.
O evento ficou muito aquém do que eu esperava, ainda mais por ser uma evento realizado pela FMA, e também por fazer parte do CAMPEONATO MINEIRO DE CORRIDA DE RUA DE 2012.

E confesso que achei o valor de inscrição muito caro, para um evento que não ofereceu kit, faltou hidratação, não ofereceu lanche pós prova, e contou com poucos staffs da FMA.
A melhor atração foi a experiência de participar desse tipo de prova e, principalmente, rever os antigos amigos, como Maurício Sá, Conrado, Ligia e Tatiana. Além de conhecer novos amigos, como Laci Lacerda, e outos.
 
Muitos dos corredores dos quais conversei afirmaram não ter interesse de participar da próxima etapa. Também não garanto minha presença na próxima edição.

Em tempo: atualizado em 15/10/12 às 22:00 h:
Após participar do evento, cheguei em casa em fiz este texto rápido, devido a frustração passada na prova. Mas depois de ler alguns comentários que foram postados aqui, me lembrei outros dissabores que o evento trouxe aos corredores.
Entendo que a organização teve que administrar várias corridas de uma só vez, pois, eram várias baterias, mas isso não justifica falhas como descumprimento de regulamento e, até mesmo falta de hidratação.
Realmente não dá para entender como um evento organizado pela FMA, com o apoio do Governo de MG e UFMG, tenha deixado tanto a desejar. Sem citar o valor da prova e, o fato da mesma fazer parte do CAMPEONATO MINEIRO DE CORRIDA DE RUA.
Este foi de longe a pior corrida de 2012 e não merece nota.
Encontre suas fotos no site StreetRun gratuitamente!

domingo, 7 de outubro de 2012

Corredor de Verdade Vs. Corredor de Modinha, Correr de Pipoca, e outras Polêmicas...


Por Daniel X.

Corredor de Verdade Vs. Corredor de Modinha
Recentemente tenho dado certa atenção a alguns comentários referentes aos tipos de corredores que existem no mundo das corridas. Muitas postagens com os termos "corredor de verdade" e "corredor de modinha".
"Essa corrida é para corredor de verdade, aquela corrida é para corredor de modinha".

Sinceramente não sei quem é quem. O que os classifica como tal? Como se já não bastasse toda discriminação de tudo quanto é tipo em nosso país, agora vamos passar a fazer subdivisões de classes nas corridas de rua.

Afinal, como se faz tais classificações? Pelas roupas que o atleta usa? Sua performance? As provas das quais participa? O tempo que corre?

Corredor de modinha seria aquela pessoa que participa de provas e, depois para, porque não é um "corredor de verdade"? E a partir de quando um corredor de modinha é promovido a corredor de verdade?

E quem sou eu para rotular alguém como corredor "A" ou "B"?
Gostaria de saber isso dos porta vozes dos "corredores de verdade". Aliás, quem são os porta vozes das corridas de rua? Uma pessoa que tem um bloguinho como este aqui?...

Que eu saiba existem as categorias: Profissiona/Amador, Masc./Fem., e  PNE. Mas posso estar enganado.
No passado eu mesmo já usei esses termos, mas não uso mais. Para mim, todos são corredores.

Nota Fiscal
Uma das exigências que tenho como cliente nas corridas, é emissão nota fiscal referente ao produto/prestação de serviços, que é um direito previsto em Lei, independente de opiniões. Apesar disso, muitas pessoas esclarecidas e, que chegam a ser até referência em corridas de rua, são contra. Depois de refletir o porquê dessa postura, cheguei a uma conclusão óbvia: "é claro, quem ganha cortesia não vai exigir nota fiscal, não é mesmo?"
Como vou exigir nota fiscal de um produto que não comprei?

Muitas pessoas ligadas às corridas de rua acabam fazendo certas "parcerias" com organizadores de corridas, em troca de cortesias e outros brindes, para divulgar eventos e outros produtos. Até aí tudo bem. Mas quando essa pessoa passa a defender irregularidades por parte dos organizadores contra os próprios corredores, isso já não é parceria. Para mim isso não é ser parceiro, e sim, ser lacaio.

O ultramaratonista Jorge Cerqueira, sempre cita que os corredores deveriam ser mais unidos. Mas quem quer correr o risco de perder a bocada de ganhar uma cortesia por mês? (nossa, dá para ficar milionário com essas cortesias).
Cortesia
Cortesias já aceitei, mas não aceito mais, pois sei que o valor das inscrições já cobre uma cota de cortesias. Na academia onde treinava, sorteavam dezenas de cortesias para os clientes, e quem você acha que paga por isso? A organização? Não, aquele atleta que trabalha o mês inteiro para participar de evento que custou 100 reais. E estou citando só a academia que eu treinava, hein! Equipes, assessorias esportivas, sites, blogs, e  muitos outros também ganham as tais cortesias.
Não tenho nada contra os organizadores disponibilizarem cortesias, desde que não saia do bolso de quem está pagando para correr.
Os organizadores de grandes eventos costumam divulgar o enorme número de inscritos em seus eventos. Gostaria que divulgassem também o número de PAGANTES...
 As corridas que oferecem mais cortesias geralmente são as mais caras.

Correr de Pipoca
Usufruir do evento sem estar inscrito, acho errado. Correr na via não acho errado, pois seria muita megalomania achar que sou dono de uma via pública, só porque paguei uma mixaria para participar de um evento. Alguns defendem a tese de que "a organização aluga aquele espaço para realização do evento" (????). Se fosse assim, ninguém poderia nem atravessar a rua na faixa de pedestre enquanto ocorre a prova.

Se o cidadão não está atrapalhando a realização do evento, nem usufruindo daquilo que não pagou, ele PODE usar a VIA PÚBLICA e não há nada previsto em Lei que o impeça.

Já  cheguei a ler em outro blog, uma matéria onde o autor, que é organizador de corridas, classificar os "pipocas" como "BANDIDOS" e "PESSOAS SEM NOÇÃO".

Abaixo dois vídeos com opiniões a respeito.
  
Já o "Manifesto Pipoca", que fazemos aqui em BH, não tem nada a ver com correr de "pipoca". Basta ler a respeito (AQUI) e saber interpretar texto, é claro.

Valores
Existem também as reclamações devido aos valores que vem sendo cobrados nas corridas.
Que cobrem 100, 150, 200 reais, desde que ofereçam um serviço proporcional ao valor cobrado. Recentemente enviei a seguinte mensagem a um organizador:  "Quanto aos valores, minha queixa é naqueles casos em que o valor cobrado seja desproporcional ao serviço oferecido,por exemplo, pagar 90 reais e faltar e hidratação, ou receber uma camisa que não serve nem para pano de chão".
No caso das pessoas menos favorecidas, opção tem. Em BH e região, existem inúmeras opções durante o ano, como, Circuito Bradesco, C. Caixa, Corrida da ALMG,Corrida do TJMG,Corrida do Carteiro, além daquelas corridas mais underground, que são as que eu tenho gostado mais. Agora, se o atleta faz questão de correr um evento que cobra 120 reais, onde o maior atrativo é o nome da prova, isso é com ele mesmo.

 Ser Mártir?
Também já li opiniões de pessoas que, rotulam os corredores que exigem seus direitos como cliente, de  " Mártir".
Exigir respeito agora é se tornar mártir? O que acontece é que, o conformismo está tão inserido na nossa cultura (ainda mais com essa Justiça morosa do nosso país), que quando alguém aparece reivindicando aquilo que é seu por direito, logo já entendem que o "cara quer é aparecer", "ser mártir", "ser herói".

Quando você compra um produto em uma loja e ele vem com defeito, você ignora o fato? Pois é, corrida de rua é um produto (ou prestação de serviços), e muitas vezes nos deparamos com falta de respeito com o cliente.
No meu caso, reivindicar meus direitos faz parte do meu cotidiano (PROCON e Reclame Aqui que o digam), mas quando vejo corredores reclamando porque outro está exigindo seus direitos, tenho a certeza de que precisamos fazer alguns clones do Antonio Colucci.
Seria Steve Prefontaine, um mártir das corridas?...

Polêmica...
"Você gosta é de ver o circo pegar fogo, causar polêmica". É isso que muitos falam quando leem minhas postagens. Mas se estão se referindo à palavra "Polêmica", no seu sentido literal, estão certos. Gosto mesmo de uma boa polêmica.
E como diz o blogueiro/vlogueiro, Clarion de Laffalot, este "é um blog destinado a postar imagens e textos intencionalmente polêmicos e controversos. Se você é do tipo de pessoa que se ofende fácil ou não sabe argumentar, melhor visitar OUTRO SITE"...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

19ª Corrida Pela Vida POA-RS 30.09.12


Por Daniel X.

Em março deste ano, eu e minha esposa iríamos participar de uma corrida em SC, durante nossas férias. Mas devido a contratempos, a viagem foi adiada para setembro, e decidimos então descer mais ainda no mapa.
O Rio Grande do sul era um lugar que sempre quisemos conhecer. Como não poderia deixar de ser, aproveitei para encaixar nossas férias de acordo com o calendário de corridas de Porto Alegre.

A Corrida Pela Vida é realizada pelo ICI-RS (Instituto do Câncer Infantil de RS), e acontece também na cidade de Gramado.

A inscrição teve um preço acessível (50 reais), em que a renda arrecadada é voltada ao ICI-RS. Como a organização disponibilizou a inscrição on line através do Ativo.com, foi adicionado taxa de serviços a essa inscrição.
Segundo a organização, o evento contou com 600 inscritos para a corrida e, 16.000 para a caminhada.

Como chegamos em POA com uma semana de antecedência, tivemos tempo de passear até nos cansarmos, nos inúmeros pontos turísticos e históricos da cidade. Mas um bom cinéfilo não poderia visitar o RS sem conhecer Gramado (onde passei muito frio, rsss!).
Ganhei o Kikito na categoria "melhor vídeo independente de corrida", de 2012, pelo vídeo da Maratona do Rio! Rsss! Assistam ao vídeo AQUI!

A retirada do kit contou a opção de dois dias e, foi em uma loja de esportes na zona sul de POA. Não gostei da escolha, pois a loja fica longe do centro da cidade. Seja qual for a cidade, o centro sempre é a melhor escolha, na minha opinião, pois geralmente a acessibilidade ao centro da cidade é mais fácil. A retirada foi rápida, e contava com voluntários do Instituto do Câncer Infantil e CORPA (Corredores de Porto Alegre).  Foi um kit bem farto, com camisa de poliamida, anti-séptico, creme hidratante, toalhinha e adesivo .
Quando estava em BH, pesquisei a previsão do tempo para o dia da prova, que era de chuva e frio. Sendo assim, comprei uma blusa térmica para não ter que passar novamente o risco de hipotermia, como aconteceu na Maratona do Rio. A melhor informação que encontrei a respeito do produto foi no blog do ultramaratonista, Jorge cerqueira.

O evento contou com os percursos de: corrida 5 e 10 km, e caminhada 3 km, além de premiação por faixa etária e equipes. A largada da corrida foi às 9:00h, no Shopping Barra Sul. Antes da largada foi feito um aquecimento.

O percurso era composto por retas e discretos aclives e declives, e passava por diversos pontos turísticos da cidade, como o estádio Beira Rio, que está em obras.
Percurso:
Na segunda metade do percurso de 10 km, não foram colocados cones de divisão de pista de ida e vinda, mas como os dois lados estavam disponíveis para a corrida, o fato não trouxe nenhum tipo de transtorno.

Quem usava a camisa do evento, que também estava sendo vendida nos estandes do  ICI-RS, podia usufruir da infraestrutura do evento, que contava com vários patrocinadores realmente compromissados com a causa, e não apenas interessados em exibir sua marca.

Não vi filas em banheiros, com certeza porque a organização disponibilizou um número suficiente de cabines.
  
Banheiro com sabonete, papel higiênico, e até espelho. Será que BH está atrasado em termos de organização em corridas de rua?

Compramos o livro: Os Deuses que Encontrei - As Lições de uma luta de Cinco anos Contra o Câncer, de Rafael Koff Acordi.

Há algumas matérias atrás tenho me referido a um problema de saúde que quase me tirou das pistas. Esse problema de saúde foi uma TEP, ou tromboembolismo pulmonar. No meu caso fui premiado com uma embolia bilateral,e fui internado em estado grave. Mas nada que bons amigos e um pulmão bem preparado não possam resolver. Ainda em tratamento, comecei a treinar do zero. Essa foi minha primeira corrida com a distância de 10 km após esse recomeço.
Senti muito cansaço e dores durante toda prova, mas foi uma performance satisfatória depois de ter voltado ao status de sedentário, devido aos problemas supracitados.
Aparentemente minha recuperação está até acima da média, mas tenho ter ter muita paciência e seguir passo a passo, até voltar às maratonas. Quando dei o título de "Aprendendo a Andar Novamente" à matéria sobre a Maratona do Rio, não imaginava que seria realmente assim. Mas estou seguindo meu script, "já ficando bom em começar do zero".

Confiram o vídeo sobre a prova, com a entrevista de Yáskara Concato, que trabalha no setor referente ao recebimento de doações em espécie do ICI-RS, e de seu marido, Rodolfo Soares, que atuou como voluntário no evento.


Desta vez não vou citar o que foi oferecido após a prova, mas sim, o que foi oferecido durante todo evento: hidrotônico, frutas, barra de cereal, cereais variados, capuccino,algodão doce, pipoca, chimarrão, anti-séptico para os pés, iogurte, balões, parquinho, foto revelada na hora, garrafa squeeze. Sim, tudo isso antes, durante e depois da prova.

Finalmente encontrei meus irmãos!

Além de receber uma foto de recordação da prova no dia do evento, também recebi a foto por e-mail!
Devido à temática social, aos benefícios oferecidos aos participantes e ao respeito ao cliente, com certeza está entre os melhores eventos que já participei.
Agradeço ao povo gaúcho pela ótima recepção que nos foi dada. Quem quiser conhecer o sul, conheça CORRENDO!

Nota 9.5

Fotos: AQUI!

Matéria dedicada a minha sogra, Maria da Conceição e, a Sra Maria da Penha Teixeira, mãe do meu amigo Eduardo Carvalho, que seguem na sua luta pela Vida na batalha contra o câncer.

"...A Vida é uma eterna dança. Todos caem, todos levantam. Assim é a dança da Vida."
Rafael Koff
Ajude o ICI-RS a crescer!